Era certamente a hora
ideal para um desentendimento, mas não aconteceu. Não ocorreu nenhum eclipse,
nem um furacão; na verdade nenhuma catástrofe natural aconteceu.
Eles cruzaram-se,
olharam-se, decerto que se cheiraram porque, independentemente de tudo, o
instinto primitivo ainda prevalece sobre a razão e o cheiro é um dos maiores
estímulos da atracção, mas não se falaram.
Os olhares, magoados de
ambos acertaram no outro como se fossem punhos cerrados viajando pelo ar em
fúria, mas nada disseram.
E passaram um pelo outro,
como se nada existisse, como se nada fosse, como se agora tivesse sido antes.
E assim também se
descreve o desejo!
Que bom ler-te… e saber-Te…🐦⬛
ResponderEliminarQuase uma catástrofe… emocional. Delicioso esse caos contido.
ResponderEliminarTu sabes, sempre gostei de ler-te, uma pena que o faças, agora, tão pouco, ou publiques pouco. :)
Despedem-se sem beijos, sem promessas.
ResponderEliminarPartem em direções opostas, como sempre.
E ainda assim, cada um leva o outro dentro — um amor suspenso, um mito privado, um quase eterno.