quarta-feira, 17 de maio de 2017

Sobre a sobreposição de 2 espaços no tempo





O ritmo tem de ser coordenado entre os dois planos, em movimentos fluidos, apressurados que não apressados, gravitando em torno do verbo sentir.
Sugere-se começar com um ritmo de valsa lenta, numa curva ascendente, em que o clímax é antecipado por um rufar de tambores.
A acção transita para movimento aceleradamente descontrolado; os planos colapsam no espaço confinado; a horizontalidade perde o sentido.
O som torna-se abstracto, a paisagem desfocada e a força é puro instinto.
Os espaços colam e descolam para lá da razão.

E, depois de recuperar o fôlego...já se fumava!