quarta-feira, 23 de novembro de 2022

À deriva

Há quem tente

Quem saiba o quanto sente,

E que quem ama não desiste

Mesmo quando ama sozinho

E há quem hesite

Quem não faça um esforço

Para entender o que deveras sente

Seja por medo ou covardia

E quando finalmente se atreve,

Quase sempre é tardia

A assunção há tanto contida

Que também ama, que deseja partilha

É apenas mais um sonho perdido

Dois barcos que se cruzaram

Neste mar tão revolto

Um quer que o outro volte

O outro já não tem por que voltar