Sei o quão frágil é respirar
E como engana o bater do coração
Mas a esperança é soberana
Mesmo pra quem a renega
Por mais dores que o passado traga
Por isso desejo, por isso rogo
Que venha o inverno
E me traga um bilhete teu
No seu vento selvagem
Me mova como um ponteiro de bússola
E me indique o norte
No meu pregão peço a coragem
Para partir sem pensar
Para ir sem hesitar
E finalmente te encontrar
E no teu calor me perder
Porque teu pretendo ser
Até que o inverno se acabe
Até que a memória se apague
Até que desistas de mim