Já nada mais
tenho para te dizer
Esgotei as
palavras conhecidas
Que pensei
dizer-te
E cansei o olhar
a adorar-te
Sempre que
distraída te apanhava
Sequei a
esperança de vencer a cobardia
E te expressar o
quanto revolves o meu peito
Não,
Não creio que
alguma vez venhas a saber
Que por ti seria
capaz de ser fortaleza,
Porto de abrigo,
braço protector
Um mundo de
emoções,
Sentimentos em
turbilhão
Um pateta sem
jeito,
Um perdido de
paixão
Por isso,
E porque não
consigo amar outra qualquer
Brinco às
escondidas com as minhas sombras
Em ruelas
estreitas e escuras
No coração da
cidade
Na zona mais profunda da tristeza
Que os meus olhos
rasos conseguem atingir
E já nada mais há
pelo qual respirar