domingo, 8 de março de 2015

Borrões

Recordo te sobretudo de noite
No silêncio da noite, 
sob o manto de escuridão..
Recordo te todas as noites
Quando os outros dormem 
Quiçá recordando outros
Que lhes deixaram silêncios
Tal como tu 
Não o silêncio da noite
Nem o silêncio da voz…
Todas as noites, 
Quando a memória é mais viva
O meu ritual recomeça 
À sombra do silêncio
E é sobretudo de noite
Que a dor é mais pura
E brilha ao ritmo da (des)ilusão