Recordo te sobretudo de noite
No silêncio da noite,
sob o manto de escuridão..
Recordo te todas as noites
Quando os outros dormem
Quiçá recordando outros
Que lhes deixaram silêncios
Tal como tu
Não o silêncio da noite
Nem o silêncio da voz…
Todas as noites,
Quando a memória é mais viva
O meu ritual recomeça
À sombra do silêncio
E é sobretudo de noite
Que a dor é mais pura
E brilha ao ritmo da (des)ilusão