sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Soalheiramente


Um fio de luz dançando sobre duas tábuas do soalho; um fino e frágil fio de luz que atravessou o vidro da janela, numa tarde avançada de verão.
Um traço de cor, cor de cristal, fio atrevido, tarde de sol, brisa de sal.
Lá longe, azul, o mar abraça o céu, o sol prepara o mergulho no horizonte e o tempo flui à velocidade do seu tempo. 
Silêncio, sossego, tranquilidade, ideal. 
Olho lá ao longe a ave que espreguiça sobre a onda de espuma, cavalgando brisas quentes e, nesta tarde avançada de verão, um fio de luz dança ao som do silêncio, brilhando como cristal tranquilo, embalado na espuma branca de uma onda no soalho.
Haverá melhor maneira de deixar a vida fluir?