Quantas vezes não
passeei
Por vielas
escuras e fétidas
Ventos de bolor,
escorrendo nas paredes
Vielas de pedra
húmida, pedra imunda
Agarrado a um
cigarro
Cambaleando etilizado
Perdido numa
procura insana
Ou tão só perdido
de razão
Quantas quedas,
quanta lama
Tanto desnorte
roçado no salitre
Da podridão onde
me atolei
Quando hoje
recordo o que passei
Ou melhor, aquilo
a que me forcei
Estremeço só de
pensar
Em voltar a
percorrer essas sujas vielas
Essas podres vias
emocionais
Perfeitos desequilíbrios
comportamentais
Labirintos de
emoção
Ligando cérebro e
coração