Quando oiço esta música, que adoro, pergunto-me sempre: -A qual delas se refere ele?
Quando oiço esta música, que adoro, pergunto-me sempre: -A qual delas se refere ele?
Abraça-me com
força,
Segura-me, não
permitas que caia
E nesse abraço
protector
Empresta-me um
pouco do teu calor
Porque me sinto
vazio
E um pouco de carinho
Pode alentar-me o
caminho
Que ainda tenho
de percorrer
Olha-me, olha-me
nos olhos
Como quem olha
alguém
E nesse olhar
dá-me a esperança
De voltar a ter
um ideal
E, se não for
abusar muito,
Peço que me dês a
mão
E que a força
desse aperto
Me faça sentir um
homem novamente
E quando por fim
te afastares
Deixa para trás o
teu perfume.
Apenas um pouco
desse perfume
Para que por mais
uns momentos
Nele me possa a
embriagar.
Senta-te e
observa bem quieta
Como a tarde cedo
anoitece
E a temperatura do
ar arrefece
Devagar, ao ritmo
do tempo
Não fales, escuta
o ruido do teu silêncio
Ou como as folhas
coloridas se agitam
Ao som da brisa
outonal
Escolhe um jardim
e um banco
Esconde-te à
vista de quem passa
Torna-te um
elemento da paisagem
Fecha os olhos e
sente
Sente o tempo a
passar,
As horas a contar
(ao ritmo a que
só as horam sabem contar)
E deixa-te ficar
até a noite cerrar
E o escuro te
abraçar
Algo está algures
a findar
Não temas, é
apenas a vida a cumprir-se
E nessa escuridão
tardia
Aconchega a tua
cabeça
Sossega o teu
coração
E deixa-te estar
Há um dia por
chegar
Há uma noite por
ficar
Há quem
diga que há seres destinados a cruzar-se o número de vidas necessárias para que
se cumpra o desígnio que lhes está destinado.
Eu acredito
que só se vive uma vez, e cada escolha é única e irrepetível. O que não se
partilhar nesta vida, nunca voltará a ser possível.
Felizes dos
que acreditam…
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Não sei
recriar o passado
Não posso
corrigir situações
Posso, sim,
sentir como seria
Se recriado
fosse o momento
De que hoje
me lamento
Tantos anos
depois
Há quem
fale em destino
No tal fado
fadado
Numa força
maior
Eu
simplesmente acredito
Que há
escolhas na vida
Que se
fazem uma vez
E não se
colocam depois
E é este o
mistério,
A graça, a
especiaria
Que torna
tão especial cada vida
Nunca
sabermos como seria
Se em vez
de um não saísse um sim,
Ou se o
olhar fosse para ti
E não para
algo mais além.
Não quero
recriar o passado
Tenho
comigo as emoções
E as
imagens que marcaram
Tudo o mais
são ilusões
Penso no pouco
que me resta
Do tanto em que
me dividi
Tão pouco,
tão espalhado
Sombra de um
pecado
Sendo pouco sou
nada
Nada sendo do que
pareço ser
Uma mentira no
espelho
Uma solução de
continuidade
Algo que não sabe
o que é
Não importa se é
fragmento
Se o todo não é
Penso no
fragmento
Tão pouco,
tão
espelhado
Na mentira que
criei
De cada vez em que
me dividi
Em algo,
Numa sombra
No nada
No quanto resta
de mim