segunda-feira, 24 de abril de 2017

Que se lixe a métrica



Vieram-me os olhos ao mundo
Numa golfada de ar
Surpresa em forma de dor
Pranto com sabor a sal
Companhia de vida
Em formato pendular
Vida quase sempre ausente
Hoje vejo o presente
Não vislumbro um futuro
E ao renegar o passado
Em passadas transviadas
Virei costas ao mundo
Tornei-me a sombra do nada

3 comentários:

  1. HP,
    Em cada poema uma lucidez arrepiante...que o liberta e aprisiona.
    Na vida nada é gratuito... Uma dádiva a quem passa por aqui...

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  2. Eu não teria dito melhor.

    anónima a 1ª

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