quarta-feira, 3 de maio de 2017

Da linha hipnótica da boca


Vejo-te falar e não oiço
Duas linhas carnudas de sangue
desenhadas na maldade da perfeição
Traços de uma sensualidade que me ensurdece
Frágil se torna a luz no teu reflexo
Teus cabelos, ondas revoltas onde meus dedos se afogam
E tu uma praia
Onde as gaivotas esboçam no ar o meu desejo
E a areia a cama onde te quero
Cega é a ausência do teu toque
E negra a distância que nos separa


1 comentário:

  1. Caramba!
    Estou parva para a minha vida, com esta poesia tão desnuda, intimista e bonita.
    Não pela poesia ter estas características, mas por ter fluido de ti.
    Beijo

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