domingo, 6 de agosto de 2017

Non sense



A morte é uma puta com classe...



Há sempre uma estrada que não percorreste, um caminho por inventar, uma musica nova a trautear. 
Há a promessa de frescura e aventura. 
E há a beleza contemplativa, o pulsar forte da vida, numa veia atrevida. Há a certeza da morte, mas acredito na sorte e na Santa Trindade, cada vez mais com a idade. 
Há o equilíbrio torto e o corvo morto, na berma da estrada perdido, mesmo por baixo de um aviso que diz: Perigo!Derrocada.
E esta vida tão malvada que nasce baptizada de morte; ganha sempre o mais forte, mesmo quando ganha nada.
E há de novo uma estrada, uma conversa sem nexo, uns sapatos estragados, uma fome, uma sede, um frio tão cerrado e um chaparro ali à frente. 
Vou ou não vou? 
É indiferente.




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