Desata-se o nó da intolerância
Acentua-se a irritabilidade ferida
Não há paciência sadia
Apenas o desejo maior
De que morra a hipocrisia
Quero uma insanidade por medida
E que venha um terramoto
Que destrua as emoções
Que o desejo esmoreça
Que o amor adoeça
E a tentação adormeça
E que tudo apodreça
Quero berrar que não, não quero
Não me apetece, não me cola
Exijo um silêncio obrigatório
E uma solidão permitida
Decretada, respeitada e sentida
Que hajam multidões, mas mudas
E nem que a morte tudo arrase
Em torno do que de mim resta
Quero uma paz que me impeça
Esta loucura tardia
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