Retardada se faz a hora do desespero
Quando em teu regaço repouso
Nele o tempo pára e eu descanso
Sabendo que quando minha cabeça erguer
Será mais um adeus; até quando?
E um mar de saudade soluçada
E um não saber em que horizonte
Sentirei em mim, de novo, o teu regaço
O afago suave dessa mão nos meus cabelos,
O doce embalo da voz
Que me trava o desassossego
e me congela o tempo
No vidro riscado do meu relógio.
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