sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Da luz pálida da esperança







Espero-te
Quando todos tiverem desistido de esperar
Quando o som da rua se calar
E os amantes se despedirem
Espero-te
Quando os sinos da igreja se atrasarem
E os cães vadios se acalmarem
Quando os barcos atracarem
Os botões da rosa se fecharem
E o violino parar de chorar
Espero-te
Mesmo que a madeira se transforme em bengala
E o Inverno se instale de vez
E já não tenha voz para te dizer
Tudo quanto guardei nesta espera
Espero-te
Nessas veredas perdidas
onde as sombras jogam com as vidas
Porque sempre te esperei
Mesmo quando o não sabia


3 comentários:

  1. "Espero-te
    Nessas veredas perdidas
    onde as sombras jogam com as vidas
    Porque sempre te esperei
    Mesmo quando o não sabia".

    Que bonito!
    Vale a pena esperar por um amor assim :)

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  2. "Espero-te, quando todos tiverem desistido de esperar".
    Gosto

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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