quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Talvez


Life is good
Death is great




Um dia,
talvez um dia,
me atreva a dizer-te que te amo
Quem sabe consiga que as palavras fluam,
facilmente, e te faça rasgar a face num sorriso fremente
Um dia,
quem sabe um dia,
eu te prenda nos meus braços
e te sussurre ao ouvido
que és tu o meu mundo.

Um dia,
sei que um dia,
te farei sentir especial.
Tão única e imperdível
quanto a luz do sol

E temo,
e desconfio, que nesse momento,
te possa irremediavelmente perder...
para sempre


9 comentários:

  1. Bonito, muito bonito!
    Talvez o ano vindouro seja generoso e te conceda tamanho desejo :)

    Então vá fica um beijo, e o meu desejo de um excelente ano de 2017!

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  2. Aproveito o espaço para lhe desejar um novo ano mais otimista, menos indeciso - na vida é preciso ganhar para se ter o que perder...

    Feliz ano novo HP
    anónima

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    1. Conhece decerto este poema:
      O poeta é um fingidor
      Finge tão completamente
      Que chega a fingir que é dor
      A dor que deveras sente.
      E os que lêem o que escreve,
      Na dor lida sentem bem,
      Não as duas que ele teve,
      Mas só a que eles não têm.
      E assim nas calhas de roda
      Gira, a entreter a razão,
      Esse comboio de corda
      Que se chama coração.

      O FP era de facto um poeta fantástico e este poema prova o que acabei de dizer.
      No entanto eu respondo-lhe com uma pequena alteração na 1ª estrofe:
      O poeta é um fingidor
      Finge tão completamente
      Que chega a convencer que é dor
      A dor que deveras não sente.

      Agradeço-lhe o conselho e embrulhado num papel de cetim, deixo-lhe esta singela frase: Na vida o que é preciso é viver!
      Fico sempre a aguardar o seu próximo comentário.
      HMQP

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    2. O FP foi e será pelo tempo fora um poeta extraordinário e, quanto a mim, só chegou a esse nível por ser um sofredor convicto.
      Para viver HMQP, basta que se respire, é disso que fala?

      anónima

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  3. Cara Anónima, pensando em termos estritamente humanos, eu não seria tão restrito assim; acho que convém alimentar-se, ter, no mínimo, os cuidados básicos de higiene, dormir ao ritmo das necessidades orgânicas e mais algumas coisas que não vou referir para não ser exaustivo. Quanto ao que referiu sobre o FP não posso, sinceramente chegar ao seu nível de avaliação nem, tão pouco, argumentar porque não tive a oportunidade de o conhecer. Tanto quanto me é dado saber (e aí admito que o meu nível de conhecimento é muito limitado) FP escrevia muito bem, muito mesmo, bebia muito bem, fumava também (bons tempos esses) e alimentava uma relação supostamente amorosa. Se sofria convictamente, e eu não sei o que é um sofredor convicto, sei apenas o que é um sofredor e um não sofredor (digamos assim de forma simples), não sei! Admito a minha ignorância.

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    1. Caro senhor HP, a sua ironia resvala simplesmente na forma ligeira e divertida com que sigo os seus (e de mais alguns) escritos. Tenha calma, não se irrite. Aconselho-lhe: Jantares leves e musiquinha relaxante.

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    2. Cara Anónima, não vou rebater essa sua capacidade psicanalítica através da escrita (coisa alías muito louvável), mas a sua bitola de irritação está, no mínimo, desregulada, ou será da forma ligeira como lê e rápida como analisa? Respondi-lhe com a tranquilidade divertida que me transmitem os seus sempre oportunos comentários, que leio devagar e seriamente, por isso não se acanhe, nem se preocupe com os meus estados de espírito. E se não confiar em mim o suficiente, confie nesse seu estado de graça escudado no anonimato. Não páre de me comentar e de me irritar assim desta forma tão violenta; este blog já não seria o mesmo sem a leveza dos seus divertidos comentários . Sempre ao seu dispor, HMQP.

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    3. Caro HP, o meu anonimato, e passo a explicar-lhe devagarinho, deve-se ao facto de eu não possuir um blog, daí que não consigo comentá-lo de outra forma. Como lhe disse um dia: em trabalho, precisei fazer uma pesquisa, onde cabia uma das palavras que compõem o título do seu blog e, foi assim que vim parar aqui - li um pouco - interessou-me, a mente inquieta, a alma vadia, o sentir que ganha asas - que pressenti - na forma de escrita. Explicado que está o meu anonimato, permita-me que lhe diga, entre Anónima e HP a diferença é nula.
      Quanto a não parar de comentá-lo, pois, não sei. No lazer, sou algo volúvel.
      MPQB

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    4. Fica registada a volubilidade com que, no lazer, se explica tão devagar.

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