Sei que nunca te
contei
(Porque
egoisticamente guardei para mim)
Desse teu jeito
tão peculiar ao dormir
Cabeça tombada
sobre o meu peito
Sorriso maroto de
garota feliz
Sei-te os
percursos da pele
De olhos fechados
Caminho
acetinado, mapa perfumado
E, enquanto
descansas sobre o meu peito sei
Sei que um dia te
perderei
Porque não
consigo parar o tempo
Porque me é
impossível congelar o momento
Um dia, eu sei
Um de nós não
mais erguerá a cabeça
Não mais olhará o
outro nos olhos
Os mesmos que
olhando dizem tanto do amor que não se diz
Sei que nunca te
contei
Deste medo de
ficar mudo
De querer falar e
não ter voz
Do silêncio cego
e da ausência
De ti, meu amor.
Incompleto. Musica?
ResponderEliminarIncompleto é uma opinião. Tem música quando eu acho que deve ter e encontro a adequada. Não foi o caso; não me ocorreu uma que satisfizesse o texto.
EliminarUma carta bonita, daquelas que Fernando escrevia à sua amada Ofélia🍀. Esse casal de enamorados nunca se concretizaram por conta do mau feitio arredio do nosso ilustre poeta. Espero não ser o caso.
ResponderEliminarBeijinho, gostei muito 🌹
É, realmente, uma opinião, na minha, o texto é já música, para os ouvidos de quem lê.
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