Não!
Não quero
deslizar os dedos no contorno dos teus lábios
Não quero
descobrir os sulcos dos teus olhos
Nem provar o teu
sabor
Não quero
pegar-te pelas mãos
E rodopiar
contigo ao som de uma musica qualquer
Mas cometi o erro
de te sentir o cheiro
De bailar nos
teus lábios
De saborear-te as
palavras
Que debitavas
pelos olhos
Não, repito para mim
Não voltas a
deslumbrar-te
Não vais
permitir-te sentir
Não voltarás a
envolver-te
Em vão
Porque é sempre
assim o princípio da dor
Quando a
realidade nos atinge
A magia termina de
repente
E o mundo, de súbito,
sabe a fel
E vem o desatino
da recordação
E a certeza de
que aquela dança de olhares,
Não voltará a acontecer
E na ressaca da dor
escutas na tua mente:
Não, não voltas,
não irás permitir-te,
não mais sentirás
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