Disseram-te ser
terminal
Como a última
estação de serviço
Sem qualquer
serviço mais além
Sem sequer um
além onde ir
Disseram-te que não
haveria mais sonho
Nem muito espaço
para respirar
Que nem um fôlego
profundo iria ajudar
Nem o topo de uma
montanha onde ficar
Não sabes o que
sentiste
Foi uma surpresa
brutal
Um imenso
vazio pleno de dor
Um imenso espaço
esvaziado de esperança
Tens uma vida, sabes
que é finita
Mas pensas:
falta
sempre muito para o fim
(Mas nem sempre é o tempo a ditar)
Até que não falta
mais
E chegas ao
terminal
Desfaz-te das
malas,
E em silêncio
Despede-te do que
amas
Arruma os
pensamentos
Arquiva as
memórias
Liberta-te do passado
porque
Ainda tens uma ultima viagem
É interminável,
É indefinida,
É solitária
E não tem retorno
Negra, negra é a cor da esperança.
Ha dias assim, de tempestade!
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