sábado, 26 de agosto de 2017

Amnésia



Com um pedaço de grafite
e de olhos bem fechados,
esbocei-te os traços da cara.
A preto te refiz na memória do papel
De olhos bem fechados mirei a criação
Eras tu, tal como te vi
da primeira vez que nos desencontrámos,
por sinal no unico encontro que marcámos.
De olhos bem fechados, arranjei te uma moldura
e recriei um prego com dois traços.
Pendurei te na parede, mesmo em frente da janela rasgada
para que ficasses luminosa.
Agora sento-me à tua frente,
num ritual diário
e recordo com deleite a primeira vez que te não vi.



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