Quando desaparecer
acender-se-à uma vela num canto escuro de uma janela
Haverá uma fotografia antiga, desbotada pela humidade olhada
Uma mão dirá adeus ao sentimento quebrado
Um cão uivará à lua após ter mijado num candeeiro
Uma prostituta entediada virar-se-à de lado na cama alugada, em silêncio
Alguém sufocará um soluço
Alguém matará um beijo à nascença
Alguém sorrirá de tristeza, clandestinamente
Os homens do lixo farão o habitual ruido nocturno
e um gato queixar-se-à da presa perdida
Um homem atravessará a pé a rua, de regresso a casa;
roupa desalinhada, hálito etílico
Uma mulher simulará de novo um orgasmo
Um bébé chorará pelo peito materno
E alguém dirá em silêncio - saudade
soprada sobre a chama de uma vela que,
no canto escuro de uma janela,
sufoca um soluço de vento
e imagina uma silhueta afastando-se
no céu nocturno
Num intervalo curto, pensei eu, vou ali desanuviar. E o que me acontece? Levo com uma tempestade de realidade nua e crua. Como se não fosse disso, que quisesse intervalar.
ResponderEliminarDeveria ter ido tomar um café.
Fica para o próximo intervalo.
Estou em dia não, ou cansada desta obrigatoriedade de provar que não sou um boneco.
ResponderEliminarÉ desmotivador, acredite.
Se não é um boneco porque tem de o provar?
ResponderEliminarPorque o HP obriga, a quem o comenta, a fazê-lo.
EliminarNão se obrigue a nada
EliminarLololo. Xiii que a coisa por aqui anda negra e fumarenta. Foi um ar de sumiço que levou a cera concerteza E num pavio sem rastilho não há vela que se mantenha acesa ;)
ResponderEliminarNão se preocupe minha senhora, que o meu verniz é de qualidade, e não será por dizer o que penso que ele se riscará. E viu mal, não há fumo algum, tão pouco fogo, apenas franqueza. Verdade que nem todos a aguentam, por mais leve e inconsequente que seja.
ResponderEliminarCara Anónima I, a Senhora está no céu, e eu, na qualidade de comum mortal não aspiro o sacramento da santa beatificação. Agora, e por consideração à sua pessoa do género feminino, dou a cara e atrevo-me a dizer-lhe que não deve levar tanto a peito os devaneios das palavras. Elas, as palavras, são o que são, pura ficção e puro ópio para a mente, que não sabe o que sente, nem sabe a quantas anda.
EliminarNão se sinta atingida, A. Aproveite a loucura e os devaneios das palavras, que são o que verdadeiramente são, meras palavras e não mais que isso, e divirta-se.
Quando as palavras a atingirem, então não sei que lhe diga...
Bom resto de noite.
Não acredito em senhoras do céu. Vou, ainda, acreditando no ser humano, uns que sabem ser senhores,outros nem tanto.
EliminarPoderia falar-lhe das palavras, e do muito que encerram em si mesmas, até do quanto é mau, quando elas já não nos atingem mas, estou no intervalo.
Bom dia
Senhoras, não querendo parecer rude, agradeço que respeitem o meu espaço e não o usem para outros fins que não sejam comentar o que escrevo ou comigo trocarem impressões sobre os escritos (se assim o entenderem) e não o que comentam. Conto com a vossa inteligência. Obrigado.
ResponderEliminarTem toda a razão, e dirijo-lhe as mimas mais humildes desculpas.
Eliminarmamamia!!! Ja parecia " o pátio de tempos antigos!!!! lol
EliminarBeijoka "meu" Vadio