Suave chega a dor,
esteve ausente
vem tardia
Num crescendo vem a dor,
e com ela morre o dia
Cresce dor crescente,
vem suave, vem tardia
Cresce dor, enlouquece,
nasce a noite fugidia
Depressa se instala a
dor,
amarga dor
que a noite se faz tardia
Arde a dor intensamente,
docemente incontida
Brota dos olhos
quebrados,
tão forte, tão sentida
E logo se mata a noite
num crescendo rumo ao
dia,
na tortura branda e doce
dessa louca dor tardia
Sobrevive a essa dor,
aguenta só mais um dia
Até que ela retorne e te
tome
tão suave quanto tardia
Dói e consola ao mesmo tempo. Gostei muito de ler.
ResponderEliminarA dualidade do querer e do não querer doer. Acho que hoje tudo doi! Quer se queira, quer não. O tempo não se compadece com caprichos!
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